quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Proposta - Introdução

No decorrer da história dos meios de comunicação, o jornalismo se adaptou às diversas mídias. Com o crescente desenvolvimento da internet na última década não foi diferente. Vivemos, como conta John Pavlik, uma terceira fase do jornalismo digital, "uma terceira etapa iniciada em 1997, quando empresas e profissionais do jornalismo começaram a se preocupar em desenvolver conteúdos e desenhos próprios para seus produtos web" (Pavlik, 1997).


O jornalismo, portanto, se tornou um produto voltado – embora não exclusivamente - para a internet. E como tal, possui basicamente três características, segundo Javier Díaz Noci:


"(...) ser (o poder ser) multimídia, es decir, estar compuesto por tipos diferentes de información, imagen, sonido y texto; ser hipermídia, es decir, estar dispuesto de tal manera que la recuperación de la información sea um camino que el usuario decide, sin que sea el emisor quien impone uma lineridad única e inmutable (...); y ser interactivo, es decir, um sistema em que el usuario puede 'preguntar' y obtener uma respuesta adecuafda a sus demandas." (NOCI, 2001, p.26)


O que será explorado no presente trabalho é, justamente, o uso dessas três potencialidades do jornalismo digital, com ênfase na linguagem hipertextual, em seis sites jornalísticos: as versões eletrônicas de dois periódicos, com status de formadores de opinião, posicionados entre os mais vendidos do Brasil (Folha de São Paulo e O Globo), segundo dados da Associação Nacional de Jornais de 2007; Um dos mais conhecidos portais brasileiros (Terra); e versões digitais de três periódicos estrangeiros de referência (os norte-americanos Washington Post e The New York Times, e o francês Le Monde). O objetivo é, com isso, ter um panorama abrangente de como os periódicos eletrônicos do Brasil exploram as potencialidades hipertextuais, tendo como base de comparação os três sites estrangeiros escolhidos.

Muitas vezes indissociável do jornalismo, a publicidade também ganha espaço nos sites noticiosos. Não deixará, assim, de ser analisada dentro dos seis endereços eletrônicos selecionados para estudo.

As constatações apresentadas a seguir são frutos de análise realizada no dia 19 de outubro de 2008 e se pautarão nos quatro pilares dos veículos online: Hipertextualidade, Multimidialidade, Personalização e Interatividade. Será explorada também a linkagem, que constitui a estratégia chave na interconexão dos conteúdos, possibilitando ou não a boa coesão e a inteligível coerência do discurso online.

Veja as análises:

O Globo