Opinião, aliás, é uma das editorias do portal, assim como Eu-repórter, onde se pode enviar para publicação fotos e notícias. Na parte inferior da home, há também dois outros espaços interativos, intitulados Artigo do leitor e Bairros.com. Em O Globo, o leitor tem possibilidade também de fazer indicações de eventos culturais (como, por exemplo, a lista de bares preferidos). Além de comentários, o leitor pode responder a enquetes e simular a utilização da urna eletrônica, por exemplo.
Relacionado à interatividade, está o conceito de co-autoria, que em uma de suas perspectivas aborda justamente a possibilidade da construção de conteúdos em conjunto. Vislumbrando a co-autoria por outro ângulo, a construção da linearidade também fica a cargo do leitor, que dispõe de uma abundância de paratextos em links que o guiam por caminhos diversos de leitura. Contudo, a volta pode ser complicada, pois nem sempre o jornal possibilita um link que leve o leitor a lexias anteriores.
O site usa bem a potencialidade da personalização, que não deixa de ser uma forma de interação. Meu Globo é uma editoria de destaque na parte superior do portal.
Em relação à multimidialidade, também se pode dizer que O Globo explora bem as potencialidades. Há na home um espaço intitulado Multimídia, reservado para exibição de vídeos, fotogaleria e áudio. Os paratextos da página principal são acompanhados, em sua maioria, por fotos, recurso multimidiático mais explorado. Quando exploramos além da home, sobretudo páginas de matérias de destaque (exemplos: o seqüestro de Eloá, as eleições e cobertura do futebol), se percebe que são sempre acompanhadas de fotos, o que permite um importante equilíbrio entre informação verbal e visual.
Linguagem Hipertextual de O Globo:
Em relação à linguagem hipertextual, percebe-se a superioridade quantitativa do uso dos links conjuntivos sobre os disjuntivos, conforme tipologia apresentada por Luciana Mielniczuk. Estes últimos, usados somente quando solicitada exibição da multimídia. A escolha da predominância dos links conjuntivos, aliás, é oportuna, pois evita um excesso de janelas. Sobre os links editoriais narrativos, os faz de duas maneiras: insere links no próprio corpo do texto ou em boxes delimitados (com nomes de Leia mais ou Mais notícias). A predominância é dos links de acontecimento (na home, principalmente) e detalhamento. Mas se por um lado O Globo explora bem esses links, não se pode dizer o mesmo a respeito do uso de links de exemplificação ou particularização, inexistentes nas matérias publicadas no dia analisado.
O site apresenta textos curtos. Cabe destacar a matéria Antes de atirar, seqüestrador pede para a polícia invadir apartamento, sobre o seqüestro de Eloá, como exemplo. Embora faça bastante uso de links narrativos (10 no total) de memória, acontecimento e detalhamento, o texto possui 108 linhas, bastante cansativo.
Ainda sobre tipologia dos links, os internos são muito mais freqüentes que os externos. Direcionam, na maioria das vezes, o internauta para matérias do próprio site ou para blogs de colunistas da empresa. Também são direcionados para serviços que o site fornece, como o de assinatura, leitura da versão impressa do periódico ou guias como o de lazer ou horóscopo. Os externos, por sua vez, são links publicitários na maior parte dos casos.
Publicidade em O Globo:
A publicidade, aliás, é bastante limitada. Na home, das seis propagandas, quatro são referentes a produtos de O Globo (como assinatura). As outras duas são da Fiat e Bradesco. A publicidade do banco, aliás, é a menos convencional (as outras cinco propagandas da home ficam em um box identificado como ‘publicidade”). A marca e as cores do Bradescompleto revestem o box Indicadores, com os índices Nasdaq e Bovespa, sem qualquer identificação de que é material publicitário. Ele se alia a um serviço do site.
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